NBR 9050

ABNT NBR 9050: veja o que mudou!

Porque a ABNT NBR muda?

De tempos em tempos a ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, altera algumas de suas normas. Mas qual seria o motivo dessa mudança? Na verdade, isso depende muito. Em alguns casos, pode acontecer por consequência de regras ultrapassadas, evidenciando a necessidade de atualização.

Outra razão pode ser por motivos conflitivos, quando certas regras causam mais problemas do que soluções ou dificuldade de compreensão. Assim a ABNT muda para que a norma fique mais simples, didática e compreensível.

Por último, outro caso que pode vir a ocorrer é a necessidade de mudar simplesmente porque apareceram questões que antigamente não eram previstas.

Por outro lado, vale ressaltar que a ABNT não costuma fazer mudanças drásticas em suas normas, pois isso implicaria uma maior dificuldade de adesão. Desse modo, são apenas realizadas alterações pontuais, onde todas são publicadas no Catálogo da ABNT, facilitando a compreensão e mostrando exatamente o que mudou da última norma para a nova.

Dessa forma, as normas existem para contribuir na realização de um projeto de arquitetura e engenharia. Os projetos em BIM também devem seguir essas normas de acessibilidade.

ABNT NBR 9050: o que de fato mudou?

Acessibilidade para todos
Fonte: Universidade Veiga de Almeida

Recentemente entrou em vigor uma norma muito conhecida por aqueles que estudam e trabalham na área de construção civil, a NBR 9050. A versão que estava em vigor, do ano de 2015, foi atualizada no dia 03 de agosto de 2020 para uma mais recente.

Hoje, iremos pontuar algumas das alterações mais relevantes que pudemos ver nessa cartilha. Confira com a gente!

Termos, definições e abreviaturas

Foram acrescentados os termos “utilização autônoma” e “vestiários”.

Proteção contra queda ao longo das áreas de circulação

Foram acrescentadas as subseções 4.3.7.1, 4.3.7.2 e 4.3.7.3, referenciadas com as respectivas figuras que foram adicionadas, exemplificando e deixando mais didático o que já estava na antiga NBR.

Maçanetas, barras antipânico e puxadores

O diâmetro dos puxadores verticais de portas diminuiu de 45 mm para 35 mm (diâmetro máximo).

Localização das sinalizações

Foram acrescentadas mais sinalizações essenciais nas edificações, ficando agora com as informações de sanitários, banheiros, vestiários, acessos verticais e horizontais, números de pavimentos e rota de fuga.

Sinalização de elevadores e plataformas elevatórias

Agora está descrito nesta subseção que a altura dos caracteres deve variar de 15mm a 50mm e a distância entre eles deve ser de 5mm. Deve ser instalada a uma altura entre 1,20m e 1,60m medidos do piso.

Sinalização tátil e visual no piso

Todas as subseções sobre sinalização tátil e visual no piso foram excluídas. Ela deve atender agora a ABNT NBR 16537, que dispõe sobre Acessibilidade – Sinalização tátil no piso – Diretrizes para elaboração de projetos e instalação.

Sinalização de área de resgate, de espaço reservado para P.C.R. e de vaga reservada para veículo

No que discorre sobre acesso às áreas de resgate, agora, devem-se ser identificadas conforme a ABNT NBR 13434.

Rota de fuga e área de resgate – Condições gerais

Foi adicionado uma nova subseção que fala, em específico, sobre rotas de fuga. Além de ter que respeitar as ABNT NBR 9077, 11785 e 10898, foi acrescentada a ABNT NBR 13434, quando necessário.

Além da rota de fuga, foram adicionadas também questões sobre Área de Resgate.

Guarda-corpos

Deve-se atender agora as ABNT NBR 9077 e ABNT NBR 14718.

Plataforma de elevação vertical

O uso das plataformas de percurso aberto não foi alterado, por outro lado, a de percurso fechado (com caixa enclausurada) diminuiu drasticamente, agora, nos intervalos de 2,00 m a 4,00 m deve-se usar somente com caixa enclausurada.

Esteira rolante horizontal ou inclinada

Por conta de esteiras rolantes não comporem rotas acessíveis, todas as subseções referentes foram excluídas. Caso haja uma esteira rolante, a mesma deve indicar sinalização indicativa da rota acessível disponível. 

Rebaixamento de calçadas

Agora é recomendado que a largura do rebaixamento seja menor ou igual a 1,50 m, porém admite-se um mínimo de 1,20 m.

A largura da rampa central dos rebaixamentos passou de no mínimo 1,50 m para no mínimo 1,20 m.

É mencionado que quando houver locais em que o rebaixamento estiver localizado entre jardins, floreiras, canteiros ou outros obstáculos, pode-se eliminar as abas laterais, ou adequá-las.

Bem como, quando tiver que adequar, as inclinações devem ser iguais ou menores ao percentual de inclinação da rampa.

Bilheterias, balcões de informação e similares

Foram retiradas as dimensões pré-definidas, acrescentando-se que as bilheterias e balcões de informação acessíveis, devem garantir uma aproximação lateral à P.C.R. e circulação adjacente que permita 180º de rotação.

Piscinas

Deve-se ter barras para facilitar a transferência para piscina, com um distanciamento entre elas de 1,00 m a 1,10m.

Os degraus submersos devem ter agora, o piso variando de 0,35 m a 0,46 m e espelho de no máximo 0,20 m, além dos corrimãos conforme imagem mostrada na norma.

Quando o acesso a água por feita por escadas, sua largura deve ser de 0,80 m a 1,00 m.

Conclusão

Em conclusão, a atual norma, não apresenta grandes diferenças com relação a antiga. Na nova ABNT NBR 9050, em sua maioria, foram adicionadas novas figuras e alteradas outras, de modo a deixar mais fácil o entendimento.

Por outro lado, em certas subseções, foram adicionadas novas referências a outras normas, gerando assim menos conflito.

Houveram poucas alterações quando falamos de dimensões, e poucas exclusões.

Para melhor entendimento do que está na ABNT NBR 9050, leia o documento completo. Este post tem como intuito, fazer com que você tome conhecimento de algumas mudanças que julgamos importante, bem como disseminar a nova norma.

Segue abaixo a norma completa em vigência para download.

ABNT NBR 9050

e-book dimensões do BIM

3 comentários em “ABNT NBR 9050: veja o que mudou!”

  1. Adriana Garcia

    José, muito bom seu blog e principalmente, essa explicação do que mudou da NBR 9050/2015 para a nova NBR/ 2020. Trabalho com projetos de ILPI e Hospitais/Clínicas de Psiquiatria. Estudei Pós Graduação em Arquitetura Hospitalar, mas não apresentei o TCC, portanto não tenho diploma nessa área apesar de ter conhecimento e experiencia há mais de 15 anos. Irei citar seu POST, com os devidos créditos e o seu Blog em um outro Blog do : ornelio.com.br. Ele dá consultoria para área da saúde e acho que pode ajudar muito além de divulgar teu blog. Confere lá durante essa semana. Sucesso!

  2. Pingback: Principais normas de arquitetura para sua vida profissional | Utilizando BIM

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