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5 Obras arquitetônicas que arquitetos deveriam conhecer

Antes de mais nada, sabemos que existem diversas obras arquitetônicas de extrema importância ao redor do mundo.

Disto isso, algumas delas carregam uma certa bagagem, seja pelo arquiteto que construiu ou até mesmo pela importância histórica.

O momento em que tais obras arquitetônicas foram construídas, podem definir uma alternância de estilo.

Como já mencionado, existem inúmeras, e com certeza você já conhece uma ou mais obras arquitetônicas dessa lista.

De antemão, para que essa não seja uma leitura longa e cansativa, mencionaremos apenas algumas dessas obras.

Baseando-se na importância histórica, o arquiteto que a construiu, a sua excentricidade, entre outros fatores.

Esperamos que curtam este tema, aproveite!

A Casa da Cascata – Frank Lloyd Wright (Pensilvânia)

organização fallinwater house
Fonte: Organização Fallinwater House

Começamos nossa lista com um clássico dentre as obras arquitetônicas, A Casa da Cascata ou Kaufmann Residence (referente ao nome do cliente, Edgar Kaufmann).

A mesma foi construída de forma que conversasse com o percurso do rio, gerando uma interação entre a obra e o rio que passa através da casa.

Elaborada pelo renomado arquiteto e urbanista Frank Lloyd Wright, já falecido (1867-1959), a residência conta com 3 pavimentos que se perdem entre a vegetação local.

Iniciada em 1936 e finalizada em 1939, a Casa da Cascata foi uma das obras mais importantes do arquiteto, uma vez que tal obra, foi essencial para alavancagem na carreira.

A Casa da Cascata compõe obras arquitetônicas que fazem parte de uma nova geração modernista europeia.

As suas amplas estruturas em balanço foi algo que chamou muito a atenção na época.

Bem como, a integração da obra com a natureza, harmonizando o artificial ao natural.

Compõem a construção materiais como concreto, aço, pedras e vidros, em que a maiorias desses materiais são advindos do local onde a casa foi inserida.

Em 1963, após o falecimento de Kaufmann, a obra foi entregue à Conservação Ocidental da Pensilvânia, fazendo parte, desde então, do conjunto do patrimônio histórico dos EUA.

Dessa forma, em 1964, a Casa da Cascata passou a ser reconhecida como um museu, recebendo milhares de visitantes. Vale ressaltar que em 2002 a obra recebeu uma grande reforma estrutural, para evitar o colapso e a sua deflexão futura.

Centro Georges Pompidou – Renzo Piano + Richard Rogers (Paris)

Outro clássico arquitetônico que chama muita atenção é o Centro Georges Pompidou.

Leva este nome, pois tal projeto foi escolhido através de um concurso idealizado pelo presidente da época (1969-1974).

Os vencedores do concurso, Renzo Piano e Richard Rogers, não eram tão conhecidos até então.

Ou seja, além desse excêntrico projeto impulsionar suas carreiras, a obra também marca o início do movimento High Tech.

A ideia por trás do projeto era trazer para o exterior toda a infraestrutura do edifício, tornando-a visível.

Através disso, é possível compreender cada elemento da edificação.

Bem como, deixar o espaço interno mais livre, permitindo um maior espaço útil.

O prédio é disposto com 6 andares de 7.500 m² de área, onde cada pavimento conta com um pé direito de 7 metros de altura.

Ao olhar para obra, você verá sua infraestrutura, como já mencionamos. Porém, cada cor da tubulação representa um elemento complementar.

A cor branca representa a estrutura principal e os componentes de ventilação de maior porte.

Já a prata, os elementos de circulação vertical, como elevadores e escadas.

Azul, traz os elementos de ventilação.

Verde, trata-se das instalações hidráulicas e de incêndio.

Amarelo e laranja, são os elementos do sistema elétrico.

Por fim, o vermelho, que corresponde aos elementos relacionados a toda circulação do edifício.

Ainda dentro da edificação é possível conhecer a maior biblioteca pública da Europa, recebendo 4.000 pessoas por dia.

Bem como, o Museu Nacional de Arte Moderna, também considerado o maior museu europeu do seu tipo.

Por fim, o prédio foi inaugurado oficialmente em 31 de janeiro de 1977.

Glass House – Philip Johnson (New Canaan)

Michael Biondo
Fonte: Michael Biondo

Entre as obras arquitetônicas, uma indispensável para qualquer arquiteto é a Glass House.

Projetada pelo arquiteto Philip Johnson, a obra é uma referência no movimento modernista, se tornando um clássico.

Projetada entre 1945 e 1948 e finalizada em 1949, a Glass House teve como influência uma obra do Mies van der Rohe, a também famosa Casa Farnsworth, finalizada em 1951, porém com o projeto já pronto em 1948.

Ambas têm a intenção de integrar suas obras com a natureza, através da simplicidade e suas fachadas em vidro.

Glass House é considerada uma das primeiras obras mais brilhantes da arquitetura modernista.

Apresentando um bloco simples de aproximadamente 170 m², os materiais que a compõem são basicamente folhas de vidro, e pilares e vigas em aço.

Bem como, tijolos que compões o chão e a lareira/banheiro e concreto aparente no teto.

O interessante desta obra são as imagens formadas por conta das fachadas envidraçadas.

Ou seja, é possível ver tudo que ocorre no interior. Além disso, o vidro projeta imagens do exterior, criando assim, imagens distintas dependendo do ponto de vista e posição do sol.

Em resumo, as vidraças agem em forma de espelho.

Os únicos elementos que obstruem a visão são alguns armários e um cilindro de tijolo que abriga a lareira de um lado, e o banheiro do outro.

Em 1997 a Glass House foi considerada um marco histórico nacional. Com isso, passou a receber visitantes do mundo todo para vivenciar tal experiência.

Villa Savoye – Le Corbusier (Arredores de Paris)

centre des monuments nationaux
Fonte: Centre des Monuments Nationaux

Projetada pelo arquiteto franco-suiço Le Corbusier (1887-1965), a obra iniciou-se em 1928 e foi finalizada em 1929.

Localizada em Poissy (França), a Villa Savoye é considerada uma das maiores contribuições para a arquitetura moderna.

Apesar de Le Corbusier já ter uma relevância na época, a obra, assim como os exemplos anteriores, também contribuiu, e muito, na carreira do arquiteto.

Por conta do contexto histórico, o projeto apresenta um conceito industrial do inicio do século 20, ou seja, a casa é apresentada como uma entidade mecanizada.

Estabelecido por Le Corbusier, “Os Cinco Pontos” da arquitetura ditam elementos que interpretam a modernidade na obra.

Por conta disso, a Villa Savoye segue “à risca” esses cinco pontos de Le Corbusier.

O uso de pilotis é um desses pontos. Com isso, o pavimento térreo ganha um maior espaço livre, abrangendo o uso da área.

Bem como, cobertura plana, que serve também para abrigar um teto jardim, uma vez que a tecnologia através dos anos permitiu tal feito.

Com isso, passa a existir um cuidado com o paisagismo junto a obra em si, recuperando um pouco do ambiente externo.

Ainda nos cinco pontos, planta livre também é indispensável para o arquiteto, na qual muitas vezes se utilizam mobiliários para efetuar as divisões dos ambientes.

Ou seja, a planta da edificação para a ter ambientes mais integrados.

Fachada livre é outro fator que integra esses elementos. Obtendo essa fachada livre, o arquiteto fica livre para trabalhar em uma fachada sem se preocupar com a estrutura.

Por fim, temos a janela em fita, permitindo uma maior reincidência de sol durante o ano, bem como, ventilação nos ambientes.

Devido as turbulências da Segunda Guerra Mundial, o exército acabou ocupando a casa, já que a família Savoye tinha abandonado.

Como a família não tinha condições de manter a casa após a guerra, o município de Poissy tomou posse em 1958, com desejo de demolir.

Porém, através da associação de arquitetos e a intervenção de Le Corbusier, isso não aconteceu.

No ano de 1965, a Villa Savoye foi considerada um dos monumentos históricos pela França.

Com o passar dos anos, a obra recebeu algumas reformas para que sua estrutura pudesse se manter forte, trazendo assim a sua identidade original.

Com isso, a casa passou a ser aberta ao público desde então, recebendo visitantes do mundo todo e sendo referência arquitetônica.

Já mencionamos a Villa Savoye em outro artigo relacionado a viagens que todo estudante de arquitetura deveria fazer. Confira também!

Museu Guggenheim – Frank Lloys Wright (New York)

Não poderíamos esquecer desse clássico da arquitetura que representa muito bem o movimento neo-expressionista, que surgiu nos anos 80.

Este foi o último projeto do arquiteto, que se iniciou em 1943 e só foi ser finalizado em 1959.

Frank Lloyd Wright (1867-1959), carregava uma imensa bagagem de referência, com isso, suas obras eram completamente distintas uma das outras.

O Museu Solomon R. Guggenheim foi um dos projetos mais longos já feito pelo arquiteto.

As curvas apresentadas pelo museu, bem como, seu cone em espiral invertido, dão uma sensação de movimento. Essas linhas que ajudaram a tornar tal obra, um ícone do seu movimento arquitetônico.

Esse espiral mencionado acima, é ainda mais impressionante quando visto de dentro.

Bem como a repleta iluminação natural que o prédio dispõe, combinando com amplos espaços internos.

O primeiro impacto que a obra apresenta é um átrio com 28 metros de altura, levando até uma abóboda de vidro, onde entra toda iluminação.

Por ser um museu, o projeto deixou a desejar quando se tratado de funcionalidade, uma vez que as paredes apresentavam uma inclinação, dificultando a exposição das obras.

Ou seja, vários artistas entraram em protesto para que não houvesse a exposição em Guggenheim de New York.

Devido aos problemas de exposição, em 1992, foi criado ao lado uma torre de pedra de calcário de 10 andares, com paredes planas.

Tal projeto foi executado por Gwathmey Siegel & Associates Arquitetos, e já era um projeto pretendido por Frank Lloyd.

Com a adição ao lado, reformas também foram realizadas na obra original.

Agora, com as paredes planas na torre ao lado, as exposições passaram a ser feitas no novo local, uma vez que não interferem na funcionalidade.

Devido ao clima e a exposição do tempo, o Museu recebeu um restauro entre os anos de 2005 a 2008.

Conclusão

Em conclusão, essas são apenas 5 de diversas obras arquitetônicas que existem ao redor do mundo.

Como pudemos ver, tais projetos ajudaram, e muito, a vida profissional dos arquitetos que à projetaram.

Bem como, certas obras, passaram a ser referências de movimentos da época.

Outro ponto interessante são os arquitetos que projetaram tais obras, os quais você também adoraria conhecer!

Obras no Brasil também têm uma significância bem grande, principalmente para o país.

Arquitetos como Oscar Niemeyer e Lina Bo Bardi, fizeram projetos de grande importância para alguns movimentos.

MASP, MON e MAC Niterói, são apenas algumas dessas obras aqui no Brasil.

Em breve pretendemos trazer um post voltado para tais obras presentes aqui em nossa terra.

Bem como, sabemos que há outras obras arquitetônicas que representam muita coisa, historicamente falando.

Logo, caso tenha alguma sugestão de obra, deixe aqui em baixo nos comentários! Também pretendemos fazer uma parte 2.

Por fim, todas as informações retiradas para este artigo são provenientes do ArchDaily e das páginas oficiais das obras.

No mais, esperemos que tenham gostado do post de hoje. Até a próxima!

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